
....esse pássaro parece morto!
Referia-me à um pássaro de uns 60cm, cinza sujeira, com penas oleosas e olhar assustado, asas encolhidas com cabeça e bico grandes. Ele se encontrava em pé ao lado de um muro tb morto e sujo, sob seus pés uma lama formada pela garoa do momento sobre um chão de terá batida.
Nada nascia ali. Era a entrada de um bar á frente de um ponto de ônibus o que não via nada de extraordinário afinal, sempre há algum sobrevivente ás custas de um comerciozinho mantido pelos passageiros de ponto final de ônibus.
Ponto final... Era bem isso que eu sentia a olhar aquele pássaro que no máximo dava um passo para frente ou para trás, o que me fazia ter certeza de que estava vivo.
Claro que meu olhar meditativo dirigido a tal sena em nada passou desapercebido ao meu Mestre como tudo o que eu fazia, “ou não fazia”.
___ É problema dele! Disse-me ele finalizando todo o meu processo.
___Como assim...!?! Tentei dizer alguma coisa, o que ficou só na tentativa porque ele prosseguiu com seu “discurso habitual” o que ás vezes me irritava mais do que me esclarecia.
__Porque você é uma boboca! Ele usava muito esse “adjetivo” quando..., ...Eu estava sendo boboca de alguma forma! Bem claro à ele estava minha projeção à tal ave, minha identificação com o que via enquanto mantinha meu olhar fixo sobre ela.
__Por que uma ave como essa está aqui num lugar desses quando poderia estar voando, nas alturas do céu, livre, sentindo o vento, a grandeza do infinito, da imensidão do vazio e etc, etc, etc, isso porque ele, meu Mestre, sabia muito mais sobre minhas contemplações meditativas do que eu mesma em minhas supostas divagações as quais, ao terminá-las, estava bem mais perdida, confusa..., Deprimida e não raro, surtada, e ele, como sempre, me desatolava, ás vezes com uma única palavra sem o menor sentido. Algumas vezes, quando em umas das minhas contemplações, era interrompida por eles, com uma de suas prosas “sem o menor sentido” eu, por minha vez, irritada e mal humorada pela “inconveniente interrupção" ao meu precioso momento perguntava em ton irreverente, sobre o que ele estava falando afinal de contas, porque eu não estava entendendo nada, ele ria e me dizia que estava falando com meu subconsciente e que era prara eu não me intrometer. Então eu ironicamente respondia:
__ Então dá pra você me avisar quando acabar sua conversar com o 'Meu Subconsciente" por favor, que eu quero falar com você! Ele ria e continuava a falar e falar e falar sem sentido... e eu, enquanto isso, voltava a olhar... e a olhar e olhar a paisagem que passava pela janela do ônibus em que viajávamos.
Meu Mestre tinha nome de Arcanjo, era conde..., o que para mim na época, não fazia a menor diferença mas uma coisa sempre fazia à diferença...
... o que ele me dizia, me mostrava e ou me intuía.!
Vou a partir de agora denominá-lo de;
1- Meu Mestre ?
2- O Arcanjo ?
3- O Conde ?
POr que seu Nome não revelarei, na época eu o chamava de guru:
Referia-me à um pássaro de uns 60cm, cinza sujeira, com penas oleosas e olhar assustado, asas encolhidas com cabeça e bico grandes. Ele se encontrava em pé ao lado de um muro tb morto e sujo, sob seus pés uma lama formada pela garoa do momento sobre um chão de terá batida.
Nada nascia ali. Era a entrada de um bar á frente de um ponto de ônibus o que não via nada de extraordinário afinal, sempre há algum sobrevivente ás custas de um comerciozinho mantido pelos passageiros de ponto final de ônibus.
Ponto final... Era bem isso que eu sentia a olhar aquele pássaro que no máximo dava um passo para frente ou para trás, o que me fazia ter certeza de que estava vivo.
Claro que meu olhar meditativo dirigido a tal sena em nada passou desapercebido ao meu Mestre como tudo o que eu fazia, “ou não fazia”.
___ É problema dele! Disse-me ele finalizando todo o meu processo.
___Como assim...!?! Tentei dizer alguma coisa, o que ficou só na tentativa porque ele prosseguiu com seu “discurso habitual” o que ás vezes me irritava mais do que me esclarecia.
__Porque você é uma boboca! Ele usava muito esse “adjetivo” quando..., ...Eu estava sendo boboca de alguma forma! Bem claro à ele estava minha projeção à tal ave, minha identificação com o que via enquanto mantinha meu olhar fixo sobre ela.
__Por que uma ave como essa está aqui num lugar desses quando poderia estar voando, nas alturas do céu, livre, sentindo o vento, a grandeza do infinito, da imensidão do vazio e etc, etc, etc, isso porque ele, meu Mestre, sabia muito mais sobre minhas contemplações meditativas do que eu mesma em minhas supostas divagações as quais, ao terminá-las, estava bem mais perdida, confusa..., Deprimida e não raro, surtada, e ele, como sempre, me desatolava, ás vezes com uma única palavra sem o menor sentido. Algumas vezes, quando em umas das minhas contemplações, era interrompida por eles, com uma de suas prosas “sem o menor sentido” eu, por minha vez, irritada e mal humorada pela “inconveniente interrupção" ao meu precioso momento perguntava em ton irreverente, sobre o que ele estava falando afinal de contas, porque eu não estava entendendo nada, ele ria e me dizia que estava falando com meu subconsciente e que era prara eu não me intrometer. Então eu ironicamente respondia:
__ Então dá pra você me avisar quando acabar sua conversar com o 'Meu Subconsciente" por favor, que eu quero falar com você! Ele ria e continuava a falar e falar e falar sem sentido... e eu, enquanto isso, voltava a olhar... e a olhar e olhar a paisagem que passava pela janela do ônibus em que viajávamos.
Meu Mestre tinha nome de Arcanjo, era conde..., o que para mim na época, não fazia a menor diferença mas uma coisa sempre fazia à diferença...
... o que ele me dizia, me mostrava e ou me intuía.!
Vou a partir de agora denominá-lo de;
1- Meu Mestre ?
2- O Arcanjo ?
3- O Conde ?
POr que seu Nome não revelarei, na época eu o chamava de guru:
___ Este é meu Guru! Assim eu o presentavana maioria das vezes, o que lhe tirava deliciosas gargalhadas à frente de quem estivessemos!
Não sei se era meu jeito de menina somado a minha ingenuidade ou a idéia de “guru”, ou as duas coisas juntas.
Creio eu que era a idéia de guru. Sim, porque só havia um homem que trilhou o caminho sobre a terra como humano e para o qual ele se ajoelhava em profunda reverência.
JESUS
Não o Jesus o um líder religioso como O é para muitos mas sim, Jesus O Homem a quem tudo foi e é possível de se realizar sobre a Terra.
Á Ele estavam voltados os seus olhos, seu profundo respeito e reverência. Era uma experiência única vê-lo adentrar em uma igreja. Qualquer uma, todas que estivessem em seu Caminho, em nosso Caminho. Lembro-me de uma capela ao pé de uma montanha em Águas de Lindóia.___ Olha só que belezinha filhinha! Era assim como ele me chamava a maior parte do tempo, Filhinha.
Seu semblante ao pronunciar tais palavras ao me recordar hoje, é indescritível, tal era a beleza expressa em seu rosto. Havia ternura, havia uma alegria impar. Seu rosto naquele momento avermelhou e seus olhos pareciam marejados, eu me encontrava alguns metros à sua frente o que me impediu de ter uma visão mais presisa.
Sim eu me encontrava alguns metros à sua frente como na maioria das vezes em que caminhávamos juntos, como uma criança à frente de seu pai, lá ia eu, levada por ele para conhecer o Mundo, enquanto ele pacientemente, um pouco mais atrás, monitorava tudo para garantir-me segurança.
“Para garantir-me segurança!”
Não dá para se imaginar o que essa frase quer dizer na realidade, nem as ocorrências e as histórias que nasceram durante meu aprendizado com ele, através da proteção que eu tinha só pelo fato de estar ao seu lado (próxima ou a distancia), mas vou deixa-las para mais à frente.
Como ia dizendo, na passagem pela capela, encontrava-me á sua frente, para ser mais precisa, já havia passado pela tal capela, porque a única coisa que me interessava na época era o “próximo passo” na estrada de terra marcada pelos pés das inúmeras pessoas que por meio dela, a estrada de terra, haviam subido e descido a Montanha onde nos encontrávamos naquele momento.
Momento este em que eu só queria ir..., e ir..., e ir...,Enquanto meu doce e paciente amigo fazia - me companhia em minha jornada sem destino.
Subíamos e descíamos Montanhas, passávamos o dia assim. Saíamos pela manhã em direção ao Leste e retornávamos no final da tarde pelo oeste. E assim era toda a manhã depois de um delicioso café da manhã com todos os mimos que eu tinha direito e caprichos satisfeitos. Ele adorava me mimar e ficava muito feliz em comprar e preparar nossas refeições.
Lembro-me uma vez em que ele achou adequado eu tomar um chá de camomila, só que, onde estávamos, não havia nenhum tipo de filtro ou coador porém, quando ele me serviu o chá não havia um único, microscópico resíduo se quer o que é muito comum quando se toma chá de camomila. Só dava para perceber o chá dentro da xícara por causa do dourado da camomila diluído na água quente.
Eu olhei para a xícara e não acreditei.
__ Onde está tudo que deveria estar aqui! Perguntei.
E lógico que ele deu mais uma de suas deliciosas gargalhadas e com sua voz meiga e doce de sempre me respondeu tranqüilamente.
___ Ah! Eu tirei tudo com uma colherinha de café!
___ Uma colherinha de café?!!! Minha expressão deve ter sido hilária pois ele riu. Sua risada...era única e dava um ponto final muito significativo a tudo.
Elas, suas risadas ou gargalhadas como queira, sempre continham uma mensagem subliminar conclusiva.
... e acredite, o chá estava quente!
Não sei se era meu jeito de menina somado a minha ingenuidade ou a idéia de “guru”, ou as duas coisas juntas.
Creio eu que era a idéia de guru. Sim, porque só havia um homem que trilhou o caminho sobre a terra como humano e para o qual ele se ajoelhava em profunda reverência.
JESUS
Não o Jesus o um líder religioso como O é para muitos mas sim, Jesus O Homem a quem tudo foi e é possível de se realizar sobre a Terra.
Á Ele estavam voltados os seus olhos, seu profundo respeito e reverência. Era uma experiência única vê-lo adentrar em uma igreja. Qualquer uma, todas que estivessem em seu Caminho, em nosso Caminho. Lembro-me de uma capela ao pé de uma montanha em Águas de Lindóia.___ Olha só que belezinha filhinha! Era assim como ele me chamava a maior parte do tempo, Filhinha.
Seu semblante ao pronunciar tais palavras ao me recordar hoje, é indescritível, tal era a beleza expressa em seu rosto. Havia ternura, havia uma alegria impar. Seu rosto naquele momento avermelhou e seus olhos pareciam marejados, eu me encontrava alguns metros à sua frente o que me impediu de ter uma visão mais presisa.
Sim eu me encontrava alguns metros à sua frente como na maioria das vezes em que caminhávamos juntos, como uma criança à frente de seu pai, lá ia eu, levada por ele para conhecer o Mundo, enquanto ele pacientemente, um pouco mais atrás, monitorava tudo para garantir-me segurança.
“Para garantir-me segurança!”
Não dá para se imaginar o que essa frase quer dizer na realidade, nem as ocorrências e as histórias que nasceram durante meu aprendizado com ele, através da proteção que eu tinha só pelo fato de estar ao seu lado (próxima ou a distancia), mas vou deixa-las para mais à frente.
Como ia dizendo, na passagem pela capela, encontrava-me á sua frente, para ser mais precisa, já havia passado pela tal capela, porque a única coisa que me interessava na época era o “próximo passo” na estrada de terra marcada pelos pés das inúmeras pessoas que por meio dela, a estrada de terra, haviam subido e descido a Montanha onde nos encontrávamos naquele momento.
Momento este em que eu só queria ir..., e ir..., e ir...,Enquanto meu doce e paciente amigo fazia - me companhia em minha jornada sem destino.
Subíamos e descíamos Montanhas, passávamos o dia assim. Saíamos pela manhã em direção ao Leste e retornávamos no final da tarde pelo oeste. E assim era toda a manhã depois de um delicioso café da manhã com todos os mimos que eu tinha direito e caprichos satisfeitos. Ele adorava me mimar e ficava muito feliz em comprar e preparar nossas refeições.
Lembro-me uma vez em que ele achou adequado eu tomar um chá de camomila, só que, onde estávamos, não havia nenhum tipo de filtro ou coador porém, quando ele me serviu o chá não havia um único, microscópico resíduo se quer o que é muito comum quando se toma chá de camomila. Só dava para perceber o chá dentro da xícara por causa do dourado da camomila diluído na água quente.
Eu olhei para a xícara e não acreditei.
__ Onde está tudo que deveria estar aqui! Perguntei.
E lógico que ele deu mais uma de suas deliciosas gargalhadas e com sua voz meiga e doce de sempre me respondeu tranqüilamente.
___ Ah! Eu tirei tudo com uma colherinha de café!
___ Uma colherinha de café?!!! Minha expressão deve ter sido hilária pois ele riu. Sua risada...era única e dava um ponto final muito significativo a tudo.
Elas, suas risadas ou gargalhadas como queira, sempre continham uma mensagem subliminar conclusiva.
... e acredite, o chá estava quente!
...delicioso como tudo que ele preparava e me servia!
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